domingo, 29 de junho de 2014

CONFLITO DA SÍRIA!



O QUE ACONTECEU?

Pelo menos 162 mil pessoas foram mortas em três anos de conflito na Síria.

O conflito sírio teve início em 15 de março de 2011 com protestos pacíficos que foram reprimidos com violência e não tardaram em se transformar em uma insurreição contra o regime do presidente Bashar al-Assad. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), da oposição, aproximadamente 162 mil pessoas morreram desde o início dos confrontos. 
--2011--
- 15-16 de março: Em Damasco, manifestações por "uma Síria sem tirania". Violenta repressão dos protestos na capital e em Deraa, berço da rebelião no sul do país. O regime denuncia uma "rebelião armada de grupos salafistas".
Em 23 de março, a repressão em Deraa deixa pelo menos 100 mortos, segundo testemunhas e ativistas de direitos humanos. Os protestos haviam começado com a prisão de estudantes suspeitos de terem feito pichações.
- 30 de julho: Criação do Exército Sírio Livre (ESL), dirigido por um coronel refugiado na Turquia e integrado principalmente por civis e desertores do exército de Assad.
- 18 de agosto: O presidente americano, Barack Obama, e seus aliados ocidentais pedem que Assad deixe o poder e reforçam as sanções contra o regime sírio.
- 4 de outubro: Primeiro veto de Rússia e China no Conselho de Segurança da ONU contra um projeto de resolução de condenação da repressão na Síria. Ocorreriam outros dois vetos em fevereiro e em julho de 2012.
 --2012--
- 1 de março: O exército toma o bairro de Baba Amr, reduto da rebelião em Homs (centro), após um mês de conflitos e bombardeios, com centenas de mortos, segundo organizações não governamentais.
- 16 de junho: Observadores da ONU enviados para verificar a aplicação de um cessar-fogo totalmente ignorado suspendem sua missão.
- 30 de junho: Acordo em Genebra entre as grandes potências sobre uma transição política na Síria, sem que se precise a situação de Assad. Este acordo nunca foi aplicado.

- 18 de julho: Quatro funcionários do primeiro escalão no aparato repressivo, entre eles o cunhado de Assad, morrem em Damasco em um atentado, um dia após o ESL lançar "a batalha de Damasco". Em 20 de julho, os rebeldes lançam a batalha de Aleppo (norte).
Em agosto, entram em ação as armas pesadas, entre elas aviões bombardeiros.
- 11 de novembro: os diferentes integrantes da oposição assinam, sob pressão ocidental e árabe, um acordo para formar uma Coalizão Nacional.
 --2013--
- 14 de fevereiro: Os Guardiões da Revolução, força de elite do regime iraniano, anunciam a morte de um de seus comandantes pelos rebeldes sírios. O chefe dos Guardiões já havia admitido em setembro que tinha enviado "assessores" militares à Síria.
- 5 de junho: O regime de Assad e o Hezbollah xiita libanês reconquistam a cidade-chave de Qousseir, em mãos dos rebeldes há um ano, próxima à fronteira com o Líbano.
- 21 de agosto: Ofensiva do regime contra duas zonas controladas pelos rebeldes perto de Damasco. A oposição e os países ocidentais acusam o regime de ter deixado centenas de vítimas com gases tóxicos.
Em setembro, um acordo entre Rússia e Estados Unidos para desmantelar o arsenal químico sírio antes de meados de 2014 freia um iminente bombardeio norte-americano em resposta aos ataques com gases tóxicos.
 --2014--
- 3 de janeiro: Grupos rebeldes lançam uma ofensiva no norte da Síria contra a organização jihadista Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), acusada de atrocidades e de fazer o jogo do regime de Assad.
- 22 de janeiro: Início das negociações entre representantes do regime e da oposição durante a Conferência de Genebra II, organizada pela ONU. As discussões se prolongam até 15 de fevereiro, sem resultados tangíveis.
- 9 de maio: O exército entra em Homs, depois de dois anos de cerco e bombardeios, após um inédito acordo que permitiu a retirada prévia de 2 mil rebeldes.
- 14 de maio: O emissário internacional para Síria, Lakhdar Brahimi, renuncia a sua missão, assim como fez seu predecessor Kofi Annan.

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